Duas universidades gaúchas anunciaram nesta quinta-feira (2)
uma parceria com o Grupo FK-Biotec para desenvolver tecnologias de combate ao
mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e do vírus Zika. O
contrato de colaboração foi assinado pelos reitores da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e da Universidade Feevale, instituições
que compõem a parceria.
As tecnologias desenvolvidas serão aplicadas em novos
produtos, como kits para diagnóstico de doenças. “Esses produtos são um grande
desafio, porque o vírus da dengue e o Zika são muito parecidos. Muitas vezes,
quando temos um diagnóstico positivo para Zika, na verdade estamos
identificando anticorpos contra a dengue. É importante que a gente desenvolva
novas ferramentas científicas para eliminarmos os falsos positivos”, disse
Fernando Kreutz, professor da PUCRS e diretor da FK-Biotec.
Além dos kits de diagnóstico, a parceria possibilitará o
desenvolvimento de um repelente com a aplicação de uma nanotecnologia, que vai
permitir ao produto ser mais durável. Além disso, o repelente deverá ser
aplicado no ambiente e não na pele. “Os estudos que estão sendo feitos hoje são
no sentido da eficácia do repelente, que está em pleno desenvolvimento. A gente
espera que o produto já esteja no mercado para o próximo verão”, afirmou
Kreutz.
Ainda não existe uma perspectiva de parcerias com
prefeituras ou governos estaduais para o uso utilização das novas tecnologias
que estão sendo desenvolvidas pelo grupo no combate ao Aedes aegypti. “A gente
já desenvolveu um larvicida biológico que está sendo utilizado em São Paulo com
uma eficácia impressionante na redução de casos. Estamos gerando tecnologias
que o Poder Público pode utilizar, mas isso depende de um convencimento de que
é necessário usar essas ferramentas, e não simplesmente aplicar a resposta mais
simples ou menos custosa”, ressaltou Kreutz. O professor destacou ainda que as
tecnologias utilizadas atualmente no país são importadas e, por isso, têm
custos fixos e não equacionáveis, o que poderá dar um diferencial para os
produtos desenvolvidos na parceria com as universidades brasileiras. (Fonte:
Agência Brasil)
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