A taxa de juros do cheque especial continuou a subir em
maio. De acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta segunda-feira (27),
a taxa do cheque especial subiu 2,6 pontos percentuais, de abril para maio,
quando ficou em 311,3% ao ano. Essa é a maior taxa da série histórica do BC,
iniciada em julho de 1994. Em 12 meses, essa taxa já subiu 79,3 pontos
percentuais.
A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito é ainda
maior: chegou a 471,3% ao ano, em maio, com alta de 18,9 pontos percentuais em
relação a abril. Em 12 meses, a taxa subiu 111 pontos percentuais.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando parcela
o valor integral da fatura do cartão. Essa é a modalidade com taxa de juros
mais alta na pesquisa do BC.
A taxa média das compras parceladas com juros, do
parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados caiu 1,5
ponto percentual para 148,9% ao ano.
A taxa do crédito pessoal, sem considerar operações
consignadas (com desconto das prestações em folha de pagamento), caiu 0,9 ponto
percentual para 129,9% ao ano. A taxa do crédito consignado caiu 0,1 ponto
percentual para 29,6% ao ano.
A taxa média de juros cobrada das famílias subiu 0,7 ponto
percentual para 71,7% ao ano.
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90
dias, para pessoas físicas subiu 0,1 ponto percentual para 6,3%.
No caso das empresas, a taxa de inadimplência subiu 0,3
ponto percentual para 5,4%. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas
caiu 0,5 ponto percentual para 30,6% ao ano.
Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm
autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de
juros.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras
definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional,
rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas subiu 0,4
ponto percentual para 10,4% ao ano. A taxa cobrada das empresas subiu 0,2 ponto
percentual para 11,8% ao ano.
O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos
bancos subiu 0,1%, em maio, quando ficou em R$ 3,144 trilhões. Esse valor
correspondeu a 52,4% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB),
ante o percentual de 52,6% registrado em abril deste ano. (Fonte: Agência Brasil)
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