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quarta-feira, 5 de julho de 2017

Projeto inédito de recuperação de banhado e fitorremediação de esgoto

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) de Campo Bom iniciou a primeira etapa de um importante projeto para o município. Trata-se de uma iniciativa inédita, onde serão utilizadas técnicas de bioengenharia para recuperar uma área impactada com esgoto doméstico. No local, serão introduzidas plantas específicas para auxiliar na depuração do esgoto e ao mesmo tempo recondicionar a qualidade ambiental da área. Além de reduzir a poluição direcionada para os banhados locais e Rio dos Sinos, quando efetivado, o projeto deve auxiliar na minimização dos problemas de alagamento da vizinhança em períodos de cheia do rio.
Segundo o titular da Sema, João Flávio, a primeira etapa do projeto teve início na quarta-feira, dia 28 de junho, e consiste no diagnóstico da situação atual do terreno, processo do qual, além dos técnicos da Sema, participam pesquisadores da Unisinos e alunos da escola Santa Teresinha. “Em breve as pesquisas também devem ter participação da Universidade Feevale. A implantação do projeto, que conta com apoio do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, está prevista para o final deste ano, e é um importante passo para o cuidado com o meio ambiente da cidade”, define o secretário.
O professor Dr. Uwe H. Schulz, do Laboratório de Ecologia de Peixes da Escola Politécnica de Biologia da Unisinos, ressalta que a remediação de um banhado fortemente impactado por esgoto doméstico no município de Campo Bom é um projeto inédito na Bacia do Rio dos Sinos. “O projeto chamou a atenção de quatro professores da Biologia/Unisinos durante sua apresentação numa reunião técnica do Comitesinos. O grupo de pesquisa da universidade decidiu acompanhar o processo de remediação através de biomonitoramento. Será comparada a situação da diversidade de invertebrados, peixes, anfíbios e pássaros antes e depois da remediação. Desta forma será medido o efeito da remediação sobre estes grupos de animais. Todos pesquisadores envolvidos no projeto apostam numa contribuição significativa da obra na recuperação da fauna local”, relata Schulz.

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