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terça-feira, 15 de maio de 2018

CAPS de Campo Bom celebra luta antimanicomial

Na tarde de segunda-feira,14, foi realizado um encontro entre os profissionais de saúde mental, pacientes e acompanhantes no Centro de Atendimento Psicosocial (CAPS) de Campo Bom, para celebrar um marco na história da medicina psiquiatra no Brasil: O Dia Nacional da Luta Antimanicomial, comemorado no dia 18 de maio. Para marcar essa data, tão importante para a inclusão e humanização dos tratamentos de saúde mental, teve música com participação do quarteto de cordas da Escola Arte – Educação CEI e uma palestra sobre o assunto.
Para a secretária Municipal de Saúde Suzana Ambros Pereira esse movimento é importante para que a sociedade se torne mais justa, mais solidária e mais inclusiva. “Essa é uma ação que não ocorre só dentro do CAPS. Temos o desafio de trabalhar a inclusão em toda rede, por isso desenvolvemos ações constantes para que a sociedade aceite e inclua a todos, que todos possam ser tratados e acolhidos o mais próximo de sua casa e para que sua família seja incluída nesse processo”, afirma Suzana.
Desde 1990, o serviço em saúde mental em Campo Bom vem acolhendo a população, mas foi em 2005 que o serviço se tornou o Centro de Atendimento Psicosocial (CAPS). “Esse serviço já tem um tempo de estrada e tem gente que também está aqui há bastante tempo. Sem o tratamento, nem todo mundo conseguiria ir em frente”, diz a coordenadora do CAPS Madalena Lauschner. Como é o caso da paciente O.B.C*, de 59 anos, que há 28 anos frequenta o serviço psicossocial. “Eu aprendi a viver depois que comecei a frequentar o CAPS. Vocês me ensinaram a viver”, afirmou. (*Paciente não identificada para preservar sua identidade).
O Movimento da Reforma Psiquiátrica se iniciou após profissionais da saúde mental, cansados do tratamento desumano e cruel dado a usuários do sistema de saúde mental, organizarem o primeiro manifesto público a favor da extinção dos manicômios durante o II Congresso Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental realizado em 1987, na cidade de Bauru/SP. Naquela manifestação, nasceu o Movimento Antimanicomial.
Foto: Patricia Klein

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